Plano de rigger: descubra o que é e saiba qual a finalidade!
O Plano de Rigger reduz expressivamente os riscos operacionais envolvidos no içamento e movimentação de cargas por guindaste. Com o objetivo de antever e mitigar danos à saúde e integridade física do trabalhador, o Plano de Rigger também é capaz de otimizar as operações e atividades logísticas executadas pela empresa.
A elaboração de um Plano de Rigger assertivo, em conjunto com o acompanhamento da saúde de funcionários e colaboradores, representa ações e estratégias seguras de operação e desempenho de empresas que executam o levantamento e transporte de cargas por guindaste fixo ou móvel.
A SSO Ocupacional desenvolveu este artigo com o objetivo de esclarecer todas as suas dúvidas sobre o que é um Plano de Rigger, qual profissional é responsável por sua elaboração e quais as vantagens e quais os riscos da ausência deste plano. Confira!
Plano de rigger, o que é?
O Plano de Rigger consiste em estudo prévio e simulação de todas as operações, equipamentos e áreas envolvidas durante o deslocamento de carga realizada por guindaste móvel ou fixo.
Tendo em vista que cada equipamento apresenta uma capacidade de carga máxima, assim como uma zona de alcance também pré-definida, o planejamento de todas as ações envolvidas devem ser previamente simuladas e compreendidas.
Qual a finalidade?
Regulada pela NR-12 do Ministério do Trabalho, o Plano de Rigger tem como objetivo e finalidade a otimização dos recursos envolvidos no deslocamento de cargas, considerando tanto a saúde e integridade física dos trabalhadores como a redução de custos operacionais.
A partir do momento que o estudo técnico de engenharia é elaborado, possíveis riscos de acidente laboral são mitigados e toda a coordenação dos processos de levantamento e deslocamento de cargas por guindaste é potencializada, garantindo eficiência e segurança.
Rigger ou Rigging? Entenda a diferença
O profissional responsável pelo estudo detalhado dos processos de levantamento, sinalização, amarração e movimentação de cargas é nomeado de Rigger. Já a equipe que realiza estas atividades, com sua organização em coordenadores, supervisores e colaboradores, é chamada de Rigging.
Desse modo, Rigger significa um profissional qualificado, com conhecimento técnico certificado por conselho de ofício e formação comprovada. Rigging, por sua vez, implica nas ações desenvolvidas por um conjunto de profissionais num campo.
Como um plano de rigger (rigging) é feito?
Realizado por profissional qualificado e com licença ativa do CREA de sua localidade, um engenheiro ou técnico avalia todas as características físicas dos equipamentos, zona de trabalho e atividades desempenhadas durante o levantamento e movimentação de objetos por guindaste móvel ou fixo.
O Rigger avalia todas as fases e equipamentos necessários, tomando em vista as melhores estratégias. Simulando toda a área operacional e suas características, o Rigger estabelece um plano detalhado contemplando os potenciais riscos e as melhores soluções para cada contexto.
Desse modo, o profissional responsável deve ter acesso às informações de características físicas das peças a serem içadas, do terreno de instalação do guindaste, especificações técnicas dos equipamentos utilizados, equipes e distribuição das atividades, dentre outros aspectos contemplados.
Quem é o profissional responsável por elaborar um plano de rigger?
O profissional responsável deve estar ativo em cadastro do CREA local, com licença ativa, possuir qualificação técnico-acadêmica em conhecimentos de engenharia e responder legalmente por meio de Anotação de Responsabilidade Técnicas (ART).
Isto é, o responsável pelo Plano de Rigger deve ser um profissional legal e tecnicamente reconhecido como capaz de analisar, compreender e emitir considerações por meio de ART fundamentadas em conhecimento e expertise.
Quais são as normas que regem esse plano?
Além da qualificação técnica do Rigger como premissa à elaboração do plano, deve-se ter em mente as Normas Técnicas NR-12 do Ministério do Trabalho (relativa à segurança no trabalho em máquinas e equipamentos), assim como a NR-18 que estabelece normas para condições de saúde no trabalho na indústria de construção.
Especificamente a NR-12 é taxativa ao afirmar seu objetivo como instrumento regulador das técnicas, princípios e medidas de proteção à saúde e integridade física do trabalhador. Para tanto, determina princípios fundamentais que devem ser atendidos por empresas e negócios que desempenham atividades contempladas pela NR-12.
Já a NR-18, focada na indústria de construção, normatiza e estabelece parâmetros operacionais básicos no funcionamento de empresas deste setor com vistas aos sistemas de controle e prevenção de riscos à saúde do trabalhador.
Afinal, quais são as vantagens por elaborar um plano rigging?
Um Plano de Rigger bem elaborado considera os principais fatores envolvidos na movimentação de cargas, de modo a antever prováveis riscos operacionais à integridade física de trabalhadores e gaps de produtividade.
- Capacidade de carga e alcance dos equipamentos envolvidos no levantamento e movimentação de objetos na planta
- Comprimento e ângulo do guindaste em relação ao raio da zona de trabalho, armazenamento e deslocamento
- Condições de solo e ação do vento no campo de trabalho
- Adequação dos pontos de fixação, sistemas de suspensão, acesso, transporte, contrabalanço e demais aspectos técnicos dos processos de movimentação de cargas por guindaste
As vantagens na elaboração de um Plano de Rigger detalhado e de qualidade abarcam desde o controle de riscos operacionais até a otimização logística e melhor rendimento dos processos executados.
Além destes aspectos, para os negócios que desempenham atividades de levantamento e transporte logístico de cargas por guindaste, o Plano de Rigger se enquadra em uma cultura de segurança das empresas.
Quais são os riscos por não elaborar o plano rigging?
Com o objetivo de evitar acidentes e otimizar as operações em campo, a não elaboração do Plano de Rigging implica diretamente na segurança dos trabalhadores, na integridade dos equipamentos, na assertividade das ações logísticas e nos custos decorrentes das operações.
Uma das características fundamentais de qualquer processo logístico de levantamento e movimentação de cargas é a recorrência. Independente da duração das operações, içar e transportar cargas não é uma ação isolada, simples ou executava uma única vez.
Esse fato implica em riscos constantes à segurança operacional que devem considerar os desgastes de equipamento, as etapas do processo, o deslocamento de funcionários na área de trabalho, as áreas de acesso, condições do solo, dentre outros aspectos.
Apesar de legalmente não representar uma exigência prevista para o funcionamento, o Plano de Rigger é analisado quando ocorrem perícias por acidentes de trabalho. Não possuir um plano detalhado e assinado por profissional, no momento da perícia, pode implica em auto de infração.
Todos estes aspectos se enquadram na Segurança do Trabalho e a SSO Ocupacional é especialista no campo. Entre em contato conosco e saiba mais de nossa história, nossos serviços e como podemos ajudar você e sua empresa.
Conclusão
Elaborar um Plano de Rigger detalhado implica não somente na segurança operacional de empresas que lidam recorrentemente com o levantamento e movimentação de cargas, mas também na manutenção de ambientes seguros de trabalho.
Os riscos à saúde e integridade física de trabalhadores podem ser facilmente evitados antevendo-se todas as operações e características do uso de guindastes fixo ou móvel. Operações que demandam coordenação atenta e operacionalidade segura.
Caso a sua empresa não tenha um Plano de Rigger elaborado, confira todas as normativas técnicas que apresentamos neste artigo e entre em contato com um engenheiro ou técnico capaz de emitir ART e produzir assertivamente o documento.
Se você é trabalhador e gostaria de saber mais sobre Segurança do Trabalho e Medicina do Trabalho, acesse outros artigos de nosso blog e conheça a expertise da SSO Ocupacional como aliada da sua saúde.
Cristiano Cecatto
Perito
Eng.mecânico
Eng.seg.trabalho
Mestre eng.produção
Membro ABHO no.1280
Certified Machinery Safety Expert – CMSE®