A febre é um dos sinais mais comuns de que algo não está bem no organismo. No entanto, muitas pessoas tem dúvidas sobre quando é estado febril e como diferenciá-lo de uma febre alta.
Sentir o corpo mais quente do que o normal pode gerar preocupação, mas nem sempre significa algo grave.
Saber identificar corretamente um estado febril e entender suas possíveis causas é essencial para agir de forma adequada e evitar complicações.
Se você quer saber quando é estado febril, como medir a temperatura corretamente e quais são os cuidados necessários, continue a leitura!
O que é considerado estado febril?
O estado febril é caracterizado por um leve aumento da temperatura corporal, geralmente variando entre 37,1°C e 37,9°C. Ele é diferente da febre propriamente dita, que ocorre quando a temperatura ultrapassa 38°C.
Nosso corpo tem um mecanismo natural de regulação da temperatura, controlado pelo hipotálamo.
Quando há um processo inflamatório, infecção ou até mesmo desidratação, esse mecanismo pode ser alterado, resultando no estado febril.
O estado febril pode ser um sinal de alerta, indicando que o organismo está reagindo a algum fator externo.
No entanto, nem sempre ele evolui para febre alta e pode desaparecer sem necessidade de tratamento.
Quando a temperatura é considerada febre?
A febre é classificada conforme a variação da temperatura corporal:
- Temperatura normal: entre 36°C e 37°C
- Estado febril: entre 37,1°C e 37,9°C
- Febre leve: de 38°C a 38,5°C
- Febre moderada: de 38,6°C a 39°C
- Febre alta: acima de 39°C
- Hipertermia: acima de 41°C (situação de emergência)
A partir de 38°C, considera-se febre, pois o corpo já está lutando contra uma infecção ou outro fator que estimula o aumento da temperatura.
Quais são as causas do estado febril?
O estado febril pode ter diferentes causas, que vão desde infecções leves até reações do corpo a fatores ambientais. Algumas das mais comuns incluem:
1. Infecções virais ou bacterianas
- Resfriados e gripes;
- Infecções urinárias;
- Amigdalites e sinusites;
- Pneumonias leves.
2. Desidratação
- Ingestão insuficiente de água;
- Exposição prolongada ao calor.
3. Reações a vacinas ou medicamentos
- Algumas vacinas podem causar estado febril leve;
- Certos medicamentos podem interferir na regulação térmica.
4. Estresse e fadiga
- Cansaço excessivo pode alterar a temperatura corporal.
5. Doenças autoimunes e inflamatórias
- Artrite reumatoide;
- Lúpus;
- Outras doenças inflamatórias crônicas.
Identificar a causa do estado febril é fundamental para saber como agir corretamente e quando procurar um médico.
Como medir a temperatura corretamente?
Para saber quando é estado febril, é essencial medir a temperatura corretamente. O ideal é usar um termômetro digital, pois são mais precisos e fáceis de utilizar.
Os principais métodos de medição são:
- Oral (boca): colocar o termômetro sob a língua por cerca de um minuto.
- Axilar (axila): posicionar o termômetro na axila e manter o braço firme por cerca de três minutos.
- Retal (reto): usado principalmente em bebês e crianças pequenas, garantindo maior precisão.
Se a temperatura estiver entre 37,1°C e 37,9°C, pode ser considerado estado febril. Se ultrapassar 38°C, já é considerado febre.
O que fazer em caso de estado febril?
O estado febril, por si só, nem sempre exige tratamento, pois pode ser um mecanismo natural do corpo. No entanto, algumas medidas podem ajudar no alívio dos sintomas:
- Hidrate-se bem: beba bastante água para evitar a desidratação.
- Descanse: evite esforços físicos excessivos.
- Evite locais quentes e abafados: manter um ambiente arejado ajuda a controlar a temperatura.
- Use roupas leves: tecidos leves ajudam a evitar o superaquecimento do corpo.
- Faça compressas frias: aplicar um pano úmido na testa pode ajudar a reduzir a temperatura.
Se o estado febril persistir por mais de 48 horas ou vier acompanhado de outros sintomas como dor intensa, falta de ar ou vômitos, é importante buscar atendimento médico.
Estado febril no ambiente de trabalho: quando se preocupar?
No ambiente de trabalho, o estado febril pode comprometer o desempenho do funcionário e indicar um quadro infeccioso que pode ser contagioso.
As empresas devem ficar atentas a trabalhadores que apresentem sintomas como:
- Cansaço excessivo;
- Dores no corpo;
- Tremores ou calafrios;
- Tontura.
Caso um funcionário esteja com estado febril persistente, é recomendável afastá-lo temporariamente para evitar complicações e a possível transmissão de doenças infecciosas.
A importância do atestado médico para estado febril no trabalho
Se o trabalhador apresentar um estado febril associado a sintomas debilitantes, ele pode precisar de afastamento.
Algumas empresas exigem atestado médico para justificar a ausência, especialmente quando há suspeita de doenças infecciosas.
A falta de um Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT) em casos de doenças ocupacionais pode gerar multas e penalidades para a empresa, além de comprometer a saúde coletiva dos funcionários.
Por isso, é essencial que a empresa adote um protocolo claro para lidar com casos de trabalhadores que apresentem febre ou estado febril prolongado.
Quando procurar atendimento médico?
Embora o estado febril seja geralmente leve, algumas situações exigem avaliação médica imediata.
Procure um médico se:
- O estado febril durar mais de 48 horas;
- A temperatura ultrapassar 38,5°C;
- Houver sintomas como falta de ar, dor intensa ou convulsões;
- Crianças ou idosos apresentarem temperatura elevada por mais de um dia.
Nesses casos, pode ser necessário um exame mais detalhado para identificar a causa do problema e iniciar o tratamento adequado.

Conclusão
Saber quando é estado febril e diferenciá-lo de uma febre alta é fundamental para agir corretamente e evitar preocupações desnecessárias.
Pequenas variações na temperatura corporal podem ser normais, mas se acompanhadas de outros sintomas, podem indicar um problema de saúde.
No ambiente de trabalho, é importante que empresas adotem protocolos para lidar com funcionários que apresentem estado febril persistente, evitando riscos para a equipe e garantindo um ambiente mais seguro.
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Cristiano Cecatto
Perito
Eng.mecânico
Eng.seg.trabalho
Mestre eng.produção
Membro ABHO no.1280
Certified Machinery Safety Expert – CMSE®