O FUTURO DO TRABALHO
Expansão do home office pode ter sido necessária,
mas trouxe novos problemas
A edição mais recente da revista “Safety+Heath”, que começou a circular em abril de 2021, trouxe uma série de assuntos que comprovam como o novo coronavírus é uma preocupação global. Nos artigos e reportagens da publicação editada pelo Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos fica muito claro que, pouco mais de um ano após o início do maior desafio que a humanidade vem enfrentando desde o final da Segunda Guerra Mundial, os dilemas, perigos e desafios que vivemos no Brasil são os mesmos de outras nações.
Vejamos: especialistas em saúde e segurança pedindo ao presidente norte-americano Joe Biden que aumente estratégias de prevenção à Covid-19; devem os empregadores pagar aos colaboradores os custos gerados pelo home office?; entidades ligadas à saúde ocupacional reforçando regras para segurança de quem está atuando de forma remota; ferramentas online para estimar infecção por aerossóis em locais fechados; curso online para mostrar a necessidade de se manter uma boa qualidade do ar em casa.
Cada um desses assuntos, certamente, já esteve ou permanece entre as muitas preocupações de patrões. Todos esses questionamentos aparentemente estão conectados com a parte econômica, de investimentos e geração de despesas. Na verdade, muito mais do que isso, são situações diretamente ligadas à saúde física e mental dos dois lados das relações trabalhistas.
O home office não é exatamente uma novidade. Muita gente vinha há anos trabalhando desse modo. Mas, convenhamos, era algo limitado a um número pequeno de profissões e de setores da economia, que provocava até desconfiança por parte de muita gente sobre sua eficácia, relevância e até credibilidade. Algo impensável para a maior parte das empresas e de empregadores, uma situação, no mínimo, inusitada.
A rapidez com que a pandemia tomou conta das vidas de todos, porém, trouxe, além da parte trágica com a perda de vidas diariamente, a necessidade do isolamento social. Os riscos econômicos dos lockdowns imediatamente tiraram da marginalidade o fator “trabalho em casa”.
De acordo com a Agência Brasil, citando a Pesquisa Gestão de Pessoas na Crise Covid-19, da Fundação Instituto de Administração (FIA) divulgada em julho de 2020, 46% das empresas implementaram a estratégia para manter sua produção. “O percentual de companhias que adotou o teletrabalho durante a quarentena foi maior no ramo de serviços hospitalares (53%) e na indústria (47%). Entre as grandes
empresas, o índice ficou em 55%, e entre as pequenas em 31%. Um terço do total das empresas (33%) disse que adotou um sistema parcial de trabalho em casa, valendo apenas em alguns dias da semana”, apontou a reportagem.
Segundo o estudo, 41% dos funcionários das empresas foram colocados em regime de home office, quase todos os que teriam a possibilidade de trabalhar a distância, que somavam 46% do total dos quadros. No setor de comércio e serviços, 57,5% dos empregados passaram para o teletrabalho, nas pequenas empresas o percentual ficou em 52%.
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Cristiano Cecatto
Perito
Eng.mecânico
Eng.seg.trabalho
Mestre eng.produção
Membro ABHO no.1280
Certified Machinery Safety Expert – CMSE®